27 de fevereiro de 2013
Paulo Freire, um dos mais importantes educadores do século XX, inovou a forma de fazer educação no Brasil. Com novos métodos de alfabetização, pregando as individualidades de cada estudante como complementares para o processo de ensino e aprendizagem, e colocando o foco da educação no aluno e em seu contexto social e cultural (e não no professor e na escola, como se praticava até então), Paulo trouxe uma nova perspectiva para professores, pais e comunidades escolares brasileiras.
Os pensamentos de Freire já são difundidos e apreciados por muitos educadores de diversas partes do mundo, mas, graças ao cineasta Alexandre Alencar, seu nome e sua obra estão se tornando ainda mais conhecidos. O longa-metragem Os silenciados não mudam o mundo , dirigido e roteirizado por Alencar, estreou nas telonas no dia 21 de janeiro de 2013, no cinema da Fundação Joaquim Nabuco, na cidade de Recife (PE). A produção conta com o incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura (Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura). O título é, na verdade, baseado na seguinte afirmação de Freire: “A liberdade que não faz uma coisa porque teme o castigo não está eticizando-se. É preciso que eu aceite a necessidade ética, aí o limite é o compromisso e não mais a imposição, é assunção. O castigo não faz isso. O castigo pode criar docilidade, silêncio. Mas os silenciados não mudam o mundo”. A declaração está presente no livro Pedagogia dos sonhos possíveis , que contém diversos pensamentos do educador, organizados por sua esposa Ana Maria Araújo.
Estruturado em gênero documentário, o filme ganha forma a partir do áudio de uma entrevista de Paulo. Durante a reportagem, Freire diz: “Quanto mais o adolescente rouba com o projeto que foi enquanto criança, tanto mais possivelmente problemática é a adolescência”. Os pensamentos do educador sobre a rebeldia, o amor e o autoritarismo inspiram a história de dois jovens personagens: um do sertão de Pernambuco e o outro, nascido na capital. Confira abaixo o trailer do longa!
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Fonte:
Por: Mauro Castro
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