PROFESSOR SEM FRONTEIRAS

Belém é palco de Congresso internacional sobre Inclusão Social

As atividades do II Congresso Anual do Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE), pela primeira vez realizado em Belém, iniciaram-se nesta quarta-feira, 6. O evento tem como sede e instituição anfitriã a Universidade Federal do Pará (UFPA). Com o tema “Avançando na Inclusão”, o congresso contará com ampla programação até esta sexta-feira, dia 8, no Centro de Eventos Benedito Nunes, com a participação de mais de 900 inscritos. O evento terá transmissão simultânea pelo Portal da UFPA.

Fizeram parte da mesa de abertura o coordenador do congresso pela UFPA e reitor em exercício, Flávio Nassar; o coordenador do Instituto Brasil Europa, Moacy Martucci, da Universidade de São Paulo (USP); a embaixadora da União Europeia no Brasil, Ana Paula Zacarias; o representante do governo do Estado e secretário de Promoção Social, Alex Fiúza de Melo; e a representante da Prefeitura Municipal e secretária de Educação, Nelly Cecília Rocha. A programação contou com a apresentação da cantora paraense Juliana Sinimbu e da Orquestra de Violoncelistas da Amazônia, da Escola de Música da UFPA. 

Debate - De acordo com Moacy Martucci, o congresso tem como objetivo debater problemas não discutidos pelo poder público e buscar possíveis soluções para tais questões de forma comum para o Brasil e para a União Europeia (UE), com foco transdisciplinar. O professor falou, também, sobre a missão e as conquistas do IBE em dois anos de funcionamento, que envolvem a criação de um programa internacional de pós-graduação, que atende tanto o Brasil como a UE; e atuação do IBE como ponto de contato nacional do Brasil com o Conselho Europeu de Pesquisa, desempenhando papel diplomático com a Europa no âmbito da Educação.

Martucci destacou, ainda, a importância da participação do público nas atividades do congresso, uma vez que as soluções para os problemas mundiais devem ser pensados de forma colaborativa. Opinião compartilhada pela embaixadora da UE, Ana Paula Zacaria, que ressaltou o papel estratégico do IBE, iniciativa pioneira no País, quanto ao cooperativismo para enfrentar os desafios do mundo globalizado, como a busca do bem-estar social, a valorização da diversidade cultural, a promoção dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável, a efetivação da democracia e o progresso da economia, da ciência e da tecnologia.

Reflexão - O coordenador do evento na UFPA, Flávio Nassar, ressaltou a importância do tema a ser debatido nesses três dias de encontro. “A inclusão é um drama que aflige toda a civilização e  nunca poderá ser discutida sem o seu reverso: a exclusão”, afirmou ao propor gerar uma reflexão sobre como a nossa sociedade vem criando novos grupos de excluídos, enquanto continua na busca pelo sonho de igualdade. O reitor em exercício fez, ainda, questão de dizer que o evento precisou ser trocado de local em última hora para atender a grande demanda por inscrições.

A conferência inaugural foi ministrada pelo professor Clélio Campolina Diniz, reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o tema “Globalização e a Amazônia: exclusão ou inclusão?”. Ao todo, serão cinco mesas de debate com os seguintes temas: Perspectivas de Inclusão, Exclusão/Acesso à Informação, Exclusão/Inclusão Econômica, Exclusão/Inclusão Social e a Amazônia.  O II Congresso Anual abrigará também uma exposição fotográfica de jovens paraenses, com o tema “O mundo fala da Amazônia e a Amazônia fala de nós”, que ficará exposta no hall do Centro de Eventos da UFPA até a sexta-feira, 8.

Para conferir a programação completa e obter mais informações sobre o Instituto Brasil-Europa, acesse o site do Congresso.

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Laís Teixeira