Após derrota dramática diante da Rússia, equipe de Bernardinho se enrola em partida decisiva e usa força de Lucão e Wallace para assegurar título da Copa dos Campeões
Após
marcar 25/22 nos dois primeiros sets do duelo contra a Itália pelo
título da Copa dos Campeões, o Brasil parecia caminhar para uma vitória
tranquila, garantindo o tetracampeonato na competição disputada em
Tóquio. Mas, depois do drama vivido diante da Rússia,
no dia anterior, a equipe comandada por Bernardinho não conseguiu
esconder o abatimento e permitiu que os rivais italianos encostassem no
placar. Em um tie-break de tirar o fôlego, a seleção brasileira
finalmente conteve a ansiedade, voltou a jogar com agressividade e
consolidou a vitória por 3 sets a 2, com parciais de 25/22, 25/22,
23/25, 20/25 e 15/11.
- Precisávamos muito desse título. Batemos na trave na Olimpíada, depois de novo na Liga Mundial desse ano, então era muito importante começar um ciclo olímpico com um título de peso como esse. Enfrentamos as melhores seleções do mundo e estamos muito felizes. Sinto que cada vez mais estou amadurecendo e o mais importante é que temos outros líderes em quadra. O Lucão também contagia o grupo, o Sidão tem esse papel e fico feliz por ver que os caras que estão chegando estão entendendo bem a filosofia de trabalho. Por isso tudo conseguimos conquistar esse título - comemorou Bruninho.
- Precisávamos muito desse título. Batemos na trave na Olimpíada, depois de novo na Liga Mundial desse ano, então era muito importante começar um ciclo olímpico com um título de peso como esse. Enfrentamos as melhores seleções do mundo e estamos muito felizes. Sinto que cada vez mais estou amadurecendo e o mais importante é que temos outros líderes em quadra. O Lucão também contagia o grupo, o Sidão tem esse papel e fico feliz por ver que os caras que estão chegando estão entendendo bem a filosofia de trabalho. Por isso tudo conseguimos conquistar esse título - comemorou Bruninho.
Com 21 pontos, Lucão foi escolhido como melhor jogador da final (Foto: Divulgação / FIVB)
Mesmo
diante da
dramática virada da Rússia, o Brasil dependia apenas de qualquer vitória
para
assegurar o título, graças à liderança consistente na competição, com 10
pontos. Mas a Itália, que possuía oito, também entrou em quadra
disposta a
brigar pelo caneco do torneio, realizado desde 1993 e disputado em
sistema de
pontos corridos. Com o triunfo deste domingo, o Brasil foi a 12 pontos,
enquanto a Itália chegou a nove.
Para desbancar os
italianos, o Brasil contou com as atuações primordiais do oposto Wallace, maior
pontuador da partida, com 28 pontos, e de Lucão, que marcou 21 e foi eleito como melhor jogador do confronto.
-
Hoje, conseguimos jogar com inteligência, paciência e acredito que o
nosso grupo amadureceu muito nesse campeonato passando por situações
difíceis. Soubemos construir a competição. Por ser por pontos corridos,
não demos mole e conseguimos fazer bons jogos. Os jogadores que estão
chegando tinham que sentir o gostinho de ser campeões com a camisa do
Brasil em uma competição fora do nosso continente - afirmou o central.
Além
do título, a seleção brasileira ainda contou com destaques nas
premiações individuais. O capitão Bruninho foi eleito o melhor
levantador do campeonato, e o oposto Wallace, o melhor jogador na sua
posição.
Do lado
adversário, o destaque ficou por conta do ponteiro Ivan Zaytsev, de
origem russa, que
anotou 27 pontos. Após bater o Brasil, a Rússia venceu os Estados Unidos
por 3 sets a 0 (29/27, 25/22 e 25/19) e garantiu o segundo lugar na
competição. No jogo que encerrou o torneio, o Irã assegurou o quarto
lugar ao derrotar o lanterna Japão por 3 sets a 0.
Lucarelli impede bloqueio italiano na Copa dos Campeões (Foto: Divulgação/FIVB)
Brasil quase decide título em 3 a 0
Com
um ataque preciso pelo meio, o capitão Birarelli marcou o primeiro
ponto do jogo e puxou um início acelerado da Itália. Ainda um pouco
travado, o Brasil demorou para oferecer perigo real aos rivais.
Lucarelli esbanjou agilidade para explorar o bloqueio italiano, mas a
seleção adversária conseguia demonstrar mais vibração em quadra. A
reação brasileira começou quando Lucão segurou o ataque de Filippo Lanza
e deixou o placar empatado em 10 a 10.
A partir daí, a seleção comandada por Bernardinho se soltou e passou a impor pressão. A Itália sentiu a mudança e falhou na tentativa de encaixar uma sequência de saques. Com um ace de Lucão e o braço implacável de Wallace na saída de rede, o Brasil aproveitou a queda de desempenho do oponente para fechar o primeiro set em 25/22.
A partir daí, a seleção comandada por Bernardinho se soltou e passou a impor pressão. A Itália sentiu a mudança e falhou na tentativa de encaixar uma sequência de saques. Com um ace de Lucão e o braço implacável de Wallace na saída de rede, o Brasil aproveitou a queda de desempenho do oponente para fechar o primeiro set em 25/22.
O capitão Bruninho comemora ponto contra a Itália (Foto: Divulgação / FIVB)
A
vantagem no placar revigorou a postura do Brasil em quadra. Logo no
início do segundo set, a seleção italiana se atrapalhou na recepção de
um saque de Maurício e indicou que havia sentido o golpe da parcial
anterior. Com um show de Lucão no contra-ataque, o time brasileiro
deslanchou de vez e adotou um comportamento mais agressivo, condizente
com o título que estava em jogo.
Uma série de levantamentos espetaculares de Maurício e Bruninho desconcertou ainda mais os italianos, que não conseguiram retomar a precisão no saque e na defesa. Para dificultar de vez o cenário para os adversários, o Brasil estabeleceu um bloqueio quase intransponível com Lucão e Evandro. Tanta eficiência fez com que o grupo de Bernardinho se descuidasse da recepção, e a Itália encontrou forças para diminuir a diferença no placar, que chegou a oito pontos, para apenas três.
As pancadas de Ivan Zaytsev, de origem russa, não deixaram dúvidas de que a Itália estava disposta a acabar com a festa antecipada do Brasil. Mas a seleção brasileira conseguiu neutralizar a reação italiana e impediu que a tentativa de virada alterasse os rumos da partida. Lucão não titubeou quando teve a chance de mandar uma pancada no chão para fechar novamente em 25/22, deixando o Brasil a apenas um set do título.
Uma série de levantamentos espetaculares de Maurício e Bruninho desconcertou ainda mais os italianos, que não conseguiram retomar a precisão no saque e na defesa. Para dificultar de vez o cenário para os adversários, o Brasil estabeleceu um bloqueio quase intransponível com Lucão e Evandro. Tanta eficiência fez com que o grupo de Bernardinho se descuidasse da recepção, e a Itália encontrou forças para diminuir a diferença no placar, que chegou a oito pontos, para apenas três.
As pancadas de Ivan Zaytsev, de origem russa, não deixaram dúvidas de que a Itália estava disposta a acabar com a festa antecipada do Brasil. Mas a seleção brasileira conseguiu neutralizar a reação italiana e impediu que a tentativa de virada alterasse os rumos da partida. Lucão não titubeou quando teve a chance de mandar uma pancada no chão para fechar novamente em 25/22, deixando o Brasil a apenas um set do título.
Itália cresce e dificulta vida do Brasil
Com
o tetracampeonato mais perto que nunca, a seleção voltou à quadra com
pressa e logo abriu três pontos de vantagem com o desempenho irretocável
de Wallace. Mas os contra-ataques colocaram a Itália na frente do
placar e conseguiram tirar a concentração do Brasil. A tentativa de
desarticular o bloqueio italiano não surtiu efeito, e os brasileiros
assistiram à ascensão dos adversários sem esboçar uma reação rápida.
Foi com o 19º ponto marcado por Wallace na partida que a seleção conseguiu chegar ao empate e resgatar a esperança de decidir o campeonato em sets diretos. Um levantamento certeiro de Raphael confirmou que o Brasil estava mesmo de volta ao jogo, mas a pressão em decidir rapidamente o confronto alterou os ânimos dos jogadores. Apoiada na força do saque de Baranowicz, a Itália se beneficiou de uma série de erros dos brasileiros para fechar o set a seu favor, por 25/23, e adiou o título.
Foi com o 19º ponto marcado por Wallace na partida que a seleção conseguiu chegar ao empate e resgatar a esperança de decidir o campeonato em sets diretos. Um levantamento certeiro de Raphael confirmou que o Brasil estava mesmo de volta ao jogo, mas a pressão em decidir rapidamente o confronto alterou os ânimos dos jogadores. Apoiada na força do saque de Baranowicz, a Itália se beneficiou de uma série de erros dos brasileiros para fechar o set a seu favor, por 25/23, e adiou o título.
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