Chegou ao fim a primeira edição do projeto Memória da Literatura do Pará realizado nas escolas do município de Belém, através do Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube), pertencente à Secretaria Municipal de Educação (Semec). O encerramento aconteceu no auditório do Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC) nesta sexta-feira, 29.
Alunos das escolas municipais Maria Luísa Pinto do Amaral, Inês Maroja, República de Portugal, Olga Benário, Lauro Chaves e Unidade Pedagógica Santana do Aurá representaram as instituições de ensino da capital, apresentando o trabalho desenvolvido durante a permanência do projeto na escola.
Alunas da escola República de Portugal encenaram o poema “Chuvas e Trovoadas”, de Maria Lúcia Medeiros. Os estudantes Beatriz Calandrini e Reginaldo Oliveira apresentaram a “Dança do Boi-bumbá”, canção composta por Waldemar Henrique. Para Beatriz, o projeto ampliou o seu conhecimento sobre a literatura. ”Começamos a conhecer os autores no dia-a-dia escolar, antes nem tínhamos o interesse de conhecer. Está sendo bem legal”, afirmou a menina.
De março a novembro deste ano, 56 escolas de todos os distritos, incluindo as ilhas, receberam a atividade, que utilizava banners (cartazes feitos de lona) para contar a vida e a obra de 80 autores paraenses. Cada escola recebia 40 banners. Durante a exposição, os alunos realizavam pesquisas, leitura e dramatização das obras, de forma interdisciplinar.
Para os professores, as atividades compreendiam as oficinas de performance literária, com o objetivo de aprimorar o conhecimento sobre os autores e ver as diferentes formas de aplicar o conteúdo aos alunos.
Para o escritor, jornalista e homenageado, Alfredo Garcia, o projeto superou as expectativas. “O Memória da Literatura foi além do esperado, com o alcance de quase 100% das escolas que, de fato, abraçaram o trabalho. Nós conseguimos chegar aos alunos, aos gestores da escola, à comunidade e isso é muito importante”, avaliou Garcia.
A coordenadora do projeto, Georgete Albuquerque, comentou a emoção que sentiu com o sucesso do projeto, para ela, reflexo do trabalho desenvolvido nas escolas. “Estou muito emocionada em perceber que as crianças se debruçaram sobre as obras e, principalmente, por ver o poder de conhecimento que a literatura pode trazer pra dentro da escola. O livro traz consigo o sonhar e eles estão fazendo isso. Não foi só mais uma atividade. Acredito que eles nunca esquecerão o que aprenderam”, afirmou.
A ideia é fazer o projeto se expandir nos próximos anos. Em 2014, mais 20 autores paraenses contemporâneos deverão fazer parte da didática escolar e estreitar a relação entre a comunidade e suas obras.
Texto: Aline Saavedra
Fotos: Ascom Semec
Edição: Vanda Duarte
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