Os interesses da criança, até os três anos de idade, estão sobretudo concentrados no mundo exterior e, em especial sobre o aspecto prático do movimento (BATISTELLA, 2001).
Como educação do movimento compreende-se a realização de atividades motoras que visam o desenvolvimento das habilidades (correr, saltar, saltitar, arremessar, empurrar, puxar, balançar, subir, descer, andar), da capacidade física (agilidade, destreza, velocidade, velocidade de reação) e das qualidades físicas (força, resistência muscular localizada, resistência aeróbica e resistência anaeróbica). Portanto a educação do movimento prioriza o aspecto motor na formação do educando. No ambiente educacional esse trabalho pode ser distribuído ao longo de todo período escolar, a ênfase, entretanto, ocorre nas séries finais do ensino fundamental quando as características psicológicas e fisiológicas dos alunos correspondem às especialidades desta proposta (MATTOS, 1999).
Para a psicomotricidade o desenvolvimento psicomotor passa a ser pré-requisito de conteúdos cognitivos. Desloca-se a preocupação da educação do movimento para a educação pelo movimento (BRACH apud BATISTELLA, 2001).
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no 9394/96, em 22 de dezembro de 1996, em seu art.26 e inciso terceiro, onde se delineia novas perspectivas para a Educação Física, tal como:
“A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”.
Segundo Gallahue e Ozmun (2002), as capacidades de coordenação motora são à base de uma boa capacidade de aprendizagem sensório-motora. Quanto mais elevado for seu nível de desenvolvimento, mais rápido e mais seguramente poderão ser aprendidos movimentos novos ou difíceis, com uma economia de esforço, propiciando melhor orientação e precisão (PEREIRA, 2002).
Estudiosos da educação defendem que as experiências motoras que se iniciam na infância são de fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo, principal meio pelo qual a criança explora, relaciona e controla seu meio ambiente. O movimento se relaciona com o desenvolvimento cognitivo, no sentido de que a integração das sensações provenientes de movimentos resulta na percepção e toda aprendizagem simbólica posterior depende da organização destas percepções em forma de estruturas cognitivas.
Por meio da exploração motora a criança desenvolve consciência do mundo que a cerca, e de si própria. O controle motor possibilita à criança experiências concretas, que servirão como base para a construção de noções básicas para o seu desenvolvimento intelectual (ROSA NETO, 2002).
O movimento é reconhecido como sendo o objeto de estudo e aplicação da educação física. Seja qual for à área de atuação, a educação física trabalha com movimento e, pelo acima exposto, é inegável a sua contribuição ao desenvolvimento global do ser humano, desde que estes trabalhos sejam adequados (GOTANI et al., 1988).
De acordo com Nanni (1998), os movimentos básicos, as habilidades fundamentais e especializadas quando desenvolvidas sob o aspecto “lúdico”, favorecem para a participação ativa da criança, aprendendo a liberar e expressar suas emoções pela exploração do movimento, do espaço e do tempo rítmico.
Barquinho da Escola Milton Monte - Ilha do Combú.
Oferecer a criança oportunidade de mover-se, usando da sua criatividade, significa estabelecer experiências que propiciarão desenvolver habilidades motoras fundamentais por meio de padrões básicos de movimentos.
Os professores de educação física não podem se limitar ao desenvolvimento de habilidades, já que devem ser conhecedores de que o corpo é uma totalidade (FALKENBACH, 2002), ele transmite e se comunica sem a necessidade das palavras.
O que vai diferenciar a presença de um professor de Educação Física dos demais atendentes na Educação Infantil é a comunicação, a compreensão, a leitura, a interação e o envolvimento, a promoção da evolução da criança por intermédio das manifestações corporais, do movimento, do jogo e das atividades lúdicas. Essas capacidades são exercitadas pelos profissionais que, conscientes da importância das primeiras comunicações não verbais – através do tônus – entram em comunicação corporal com as crianças.
Fonte: http://www.efdeportes.com/
Fotos: Rosinha Costa
Um comentário:
legal, se os professores tivessem mais incentivos dos nossos governantes seria mt mais fácil o acesso das crianças ao colégio ....
Postar um comentário