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terça-feira, 11 de junho de 2013

Cadastramento garante inclusão social a catadores do Aurá‏.

A prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) finalizou, na semana passada, o levantamento social no Aurá e encontrou 1.720 pessoas desempenhando a função de catador de materiais recicláveis no aterro sanitário.
Durante a primeira abordagem, que foi realizada com o acompanhamento de membros da própria comunidade, os catadores responderam a 54 perguntas que irão auxiliar as políticas públicas para beneficiar a categoria. O questionário social faz referência à rotina de trabalho e ao histórico de saúde do catador, e tem por objetivo traçar um perfil social das demandas e necessidades de cada família que depende da reciclagem do lixo.
Quinze trabalhadores não puderam comparecer ao cadastramento por motivo de doença. Nestes casos, a equipe foi deslocada para fazer a abordagem social na residência do catador.
Durante duas semanas de cadastramento foram recebidas cerca de 160 pessoas por dia. “Como o atendimento foi aqui dentro do aterro (sanitário) os trabalhadores tiveram mais facilidade para comparecer. Isso facilitou bastante já que não atrapalhou o trabalho da gente”, ressaltou a presidente da Associação de Catadores do Aurá, Ana Lúcia Pinho.
Em pouco mais de um ano, o Aterro do Aurá deixará de ser o destino final de todo o lixo produzido na Região Metropolitana de Belém. Por isso, os catadores tiveram que responder no formulário social se querem continuar desempenhando a atividade de catação de materiais recicláveis.
Os catadores atendidos receberam o encaminhamento para o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município em que mantém residência, com objetivo de inclusão em programas assistenciais de geração de emprego e renda da prefeitura e do Governo Federal. Além de trabalhadores residentes em Belém, Ananindeua e Marituba (municípios que já se comprometeram em resolver as demandas sociais desses profissionais), também foi detectado que existem catadores de Benevides, Santa Izabel, Castanhal e Abaetetuba trabalhando no Aurá.
De acordo com a coordenadora do Bolsa Família, Maria das Neves, integrada à Fundação Papa João XXIII (Funpapa), até o dia 10 deste mês já foram inseridos no Cadúnico aproximadamente 650 catadores, numa ação que conta com apoio de 20 funcionários para realização das atividades de cadastramento. A coordenação ressalta que alguns desses trabalhadores já são beneficiários do bolsa família, e a partir de agora poderão receber outros benefícios dentro da rede de proteção como Programa de Atenção Integral à família- Paif, Ações Socio-educativas de Convivência/ Peti, Benefício de Prestação Continuada-BPC e Projovem.
Como alternativa de inclusão social e para aproveitar esta mão de obra qualificada, o diretor de resíduos sólidos da Sesan, Janary Pinheiro, esclarece que parte desses profissionais poderão ser admitidos dentro do próprio sistema de limpeza pública do município de Belém. “Estamos estudando diversas alternativas, inclusive já temos projeto para instalação de novos Centros de Triagem de Materiais Recicláveis na bacia da Estrada Nova e no bairro do Souza. Em todas as opções de reenquadramento desta mão de obra, os trabalhadores deixarão de ocupar as áreas de manobra de máquinas pesadas, onde eles correm sério risco de acidente”, antecipa Pinheiro.
Com a implantação de novos centros de triagem, explica o diretor da Sesan, o catador passará a ter condições dignas de trabalho, além de um espaço de convivência com refeitório, biblioteca, sala de aula e equipamentos de lazer.
O levantamento social e a inclusão desses profissinais no Cadastro Unico da Assistência Social (CadÚnico) fazem parte do compromisso assumido pelo prefeito Zenaldo Coutinho no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado pelas prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba, no início do mês de abril.
Na quarta-feira, 19, a equipe de cadastramento vai retornar ao Aurá para atender os catadores que perderam o prazo. O relatório final será apresentado na primeira semana no mês de julho.
Texto: Lauro Lima (Ascom Sesan) e Márcia Moraes (Ascom Funpapa)
Fotos: Alessandra Serrão - Comus PMB
Edição: Lene Tavares - NID Comus

3 comentários:

Anônimo disse...

sim vcs falam tanto em beneficio e não dizem de quanto é essa porcaria dessa esmola ,para os catadores.

Anônimo disse...

nos catadores queremos saber ,quanto vai ser esse beneficio

Anônimo disse...

sabe porque não tem nem um comentário por que vcs não divulgo nem um ,pois ,nem um catador está satisfeito com vcs bando de ladrões covardes,esse pais não tem jeito .