Equipe brasileira deixa os rivais comendo poeira no revezamento em Guadalajara e iguala o recorde pan-americano, que durava desde 1999
Se as meninas tinham brilhado meia hora antes, os rapazes não quiseram ficar para trás em Guadalajara. A equipe brasileira do revezamento 4x100m não tomou conhecimento dos rivais nesta sexta-feira, botou todo mundo para comer poeira e ganhou com folga mais uma medalha de ouro para o atletismo verde-amarelo. Quando Bruno Lins recebeu o bastão para a última parte da prova, a diferença para o segundo colocado já era gritante e o tetracampeonato pan-americano estava assegurado. Ainda assim, ele apertou o passo e igualou o recorde pan-americano, com o tempo de 38s28. A prata ficou com São Cristóvão e Neves (38s81), e o bronze é dos Estados Unidos (39s17).
Bruno só não conseguiu escapar da marcação cerrada do controle antidoping. Após a suspensão por dois anos, ele voltou agora e, pelo segundo dia seguido em Guadalajara, viu o fiscal o chamando logo após a prova.
- Antidoping de novo? É o segundo, fiz um ontem. E aquela sala está uma bagunça. Mas foi bom, está valendo tudo. Nós fomos bem, fomos ouro e igualamos o recorde. O bronze nos 200m ficou amargo, apesar de ser uma medalha importante. Mas, hoje, nós quatro mostramos que estamos bem. Estou muito feliz – festejou o brasileiro.
Ailson Feitosa abriu a prova para o Brasil e passou o bastão para Sandro Viana. O Brasil começou a disparar e, quando Nilson André começou a correr, o ouro já parecia garantido. Nilson passou o bastão para Bruno, que já tinha uma enorme vantagem para os rivais. O recorde pan-americano tinha sido quebrado em Winnipeg, no Canadá, em 1999, e agora o quarteto brasileiro iguala a marca 12 anos depois.
- A gente está muito bem preparado, muito bem treinado. Foi muito emocionante correr desse jeio: forte e igualando o recorde. Agora, é treinar para continuar dando certo. Quando é ouro a gente nem tem muito o que falar – disse Nilson André.
Quando Bruno cruzou a linha de chegada e se jogou no chão, logo os companheiros vieram para festejar com ele. De forma meio desajeitada, é verdade, com um caindo por cima do outro, mas àquela altura valia a festa. O ouro completou a dobradinha do masculino com o feminino no revezamento.
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