Experiente ginasta salva a participação da seleção feminina no Pan de Guadalajara, que até então não tinha conseguido subir ao pódio
Sentada no chão, com os olhos fixos no placar, Daniele Hypolito aguardava sua nota com apreensão. Tinha sofrido uma queda em sua apresentação na trave, mas esperava que a falha não a comprometesse tanto. Com a nota de partida mais alta entre as finalistas, a ginasta brasileira tinha o bronze nas mãos. Àquela altura, apenas a mexicana Yessenia Estrada poderia tirá-la do pódio. Não chegou nem perto: 13.750 contra 12.500. O abraço apertado no irmão Diego deu início à festa da família Hypolito no ginásio. E ela continuaria com o segundo bronze de Dani, agora no solo.
Daniele sobe ao pódio em Pans desde a edição de 2003, em Santo Domingo, mas nunca chegou ao ouro. Em Guadalajara, foi a única a conquistar medalhas.
Os dois bronzes desta sexta-feira salvam a participação da seleção feminina. Os resultados fracos fizeram explodir, no México, uma crise interna que se arrasta há dois meses. De um lado, Daniele e Jade Barbosa. Do outro, Daiane dos Santos e Adriam Gomes.
- Sobre criticas, não comento mais nada - disse.
Daniele começou a sexta-feira vendo a guatemalteca Ana Sofia Gomes (14.175) ficar com o ouro na trave, e a canadense Kristina Vaculik (13.925) levar a prata. Mas estava satisfeita, apesar da falha que lhe roubou uma posição melhor. Partiu para a disputa do solo aliviada. E, por muito pouco, não ficou com a prata. A mexicana Ana Estefania Lago (13.800) levou o ouro, a canadense Mikaela Gerber a prata (13.775) e a brasileira o bronze (13.750).
- Tenho que ressaltar esse resultado porque foi bom para mim, para a ginástica e para a família Hypolito. Duas do Diego, duas minhas, fico contente de mais uma vez a família levar o nome da ginástica - disse Daniele.
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