Já era de se esperar que a final entre Brasil e Argentina no handebol feminino dos Jogos Pan-Americanos seria marcada por muita rivalidade. Em alguns momentos, as provocações quase beiraram a agressão física. Com a medalha de ouro no peito, as brasileiras saíram de quadra vibrando com a conquista, mas não economizaram nas reclamações sobrea a postura das hermanas. Desde os primeiros minutos de partida, já era possível apostar que a disputa pela medalha de ouro seria também um duelo de nervos. Enquanto as brasileiras passeavam em quadra, as argentinas respondiam com provocações.
(Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)
- Elas provocaram, falaram coisas que não deveriam ter falado. Elas empurram, puxam. Lá na nossa casa, elas vibraram na nossa cara. Isso a gente não pode admitir. Mas hoje nós mostramos que somos melhores – disse a goleira Chana, tricampeã pan-americana.
Artilheira da partida, Alexandra Nascimento teve de driblar a forte marcação argentina para marcar seus oito gols. Sem sucesso na tentativa de parar a ponta-direita do Brasil, a defesa rival cometeu vários tiros de sete metros. Às vezes, com brutalidade.
- Elas querem bater, jogar sujo, mas mostramos que somos melhores. Elas querem provocar, mas não caímos nas provocações dela – disse Alê.
As provocações, no entanto, não vieram apenas do lado argentino. A goleira Chana foi uma das jogadoras brasileiras que vibrou além da conta a cada defesa.
- Goleira tem que intimidar. Digo que goleira boazinha não dá certo no handebol. Não é que seja ruim, mas eu tenho que intimidar com o olhar, com os gestos. Essa é a minha característica. E eu tenho que demonstar isso, ainda mais contra a Argentina – assumiu.
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