Há 15 anos a dona de casa Marzi Correa participa da
Escola Municipal de Dança (EMD), da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude
e Lazer (Sejel). Mas cada apresentação representa novas experiências ao lado
dos companheiros de grupo. “Fazer parte da EMD é muito bom. Aqui só encontramos
alegria”, revelou.
Raimundo Dias, 74, é aposentado e está no grupo há
pouco tempo. Mesmo assim, também se sente alegre e jovem ao dançar junto com os
demais participantes do Grupo de Idosos. “Isto aqui simboliza amizade, alegria,
diversão, mas também muita responsabilidade. A gente procura fazer tudo bem
caprichado. Pra mim, a Escola de Dança foi uma feliz descoberta. Eu não me
julgava capaz, mas depois que entrei, percebi outros modos de viver a vida, bem
diferentes daquele sedentarismo que a terceira idade muitas vezes nos leva”,
explicou.
O casal de dançarinos mostrou entusiasmo e
disposição ao lado dos demais colegas, na manhã deste domingo, 6, na Praça da
República, dentro do projeto “Tem Arte na Praça”, da Prefeitura Municipal de
Belém.
Assim como eles, os grupos mais jovens que integram
a Companhia Municipal de Dança também levaram coreografias muito aplaudidas
pelo público que prestigiou a programação organizada pela Fundação Cultural do
Município de Belém.
Não escondendo o orgulho que sente em ver seus
alunos brilharem a cada coreografia apresentada, a professora Ellen Cavalcante,
diretora da Companhia divide com eles os méritos. “Como eles são oriundos da
Escola Municipal de Dança a cobrança é maior porque aqui na Companhia eles já
partem para uma profissionalização. Aqui realizamos um trabalho experimental e
a maioria deles me auxilia nesse processo de construção. Muitos deles começam
pequeninos, como sementinhas na EMD e hoje são os frutos que colhemos com
sensação de dever cumprido”, contou emocionada.
As bailarinas Kellen Melo, formada em dança pela
Universidade Federal do Pará e Camila Lima, concluinte do curso de Educação
Física, são exemplos disso. A primeira começou aos nove anos e hoje, com 15
anos de participação no grupo, considera que sua trajetória de conquistas se
deve, em grande parte, ao projeto da Prefeitura de Belém.
Para Camila, que começou na dança junto com a
colega, fazer parte dessa história foi um marco em sua vida. “O tratamento que
as professoras dispensam a nós, a preocupação delas em promover um futuro
melhor pra todos que integram o projeto por meio da dança, faz toda a
diferença. Isso influenciou em grande parte na minha opção pela educação
Física”, avaliou.
Na plateia, dona Maria do Socorro Platilha aplaudia
atenta a cada passo. “Acho que vou me inscrever. Sempre tive vontade de
aprender a dançar. Quem sabe desta vez não realizo meu sonho? E ainda mais que
é de graça…”, completou com uma sonora gargalhada. Texto e fotos:
Áurea Gomes – Ascom Sejel
Edição: Dandara de Almeida
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