Todas as escolas municipais de Belém já têm ou estão em processo de implantação de bibliotecas. Com essa medida a A Secretaria Municipal de Educação sai na frente e cumpre com quase dez anos de antecedência a meta estabelecida pelo Governo Federal através da lei 12.244 que determina a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do país..
Das 59 unidades de ensino infantil, fundamental e para jovens da capital,55 já dispõe de bibliotecas e quatro estão em processo de implantação. Para chegar a esse quadro a Semec criou em 2006 o Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube), responsável por incentivar a leitura e a democratização do acesso ao livro em Belém, Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro, investindo na compra de livros, construção e ampliação de bibliotecas, programas de formação continuada e projetos de incentivo à leitura, interpretação de textos, contação de histórias e difusão da literatura a paraense, considerados essenciais para a formação de leitores.
A Biblioteca “Monteiro Lobato” da Escola Municipal de Professor Francisco da Silva Nunes, no bairro do Guamá, é um bom exemplo. O espaço conta com um acervo de mais de 8 mil exemplares, entre literatura nacional e paraense e oferece um ambiente saudável de leitura para os alunos e comunidade em geral, de segunda a sexta-feira nos três turnos. Segundo Giselle Pinheiro Fonseca, responsável pela sala de leitura da escola, bibliotecas como a da Monteiro Lobato incentivam o aluno a ter visão do mundo. “Todas as escolas deveriam ter bibliotecas como a nossa, com um acervo muito rico e com livros voltados para a idade deles. Com a leitura o aluno se vê como personagem da vida real e através do livro eles passam a ter sua própria visão do mundo”, avalia.
Projetos de Leitura
O incentivo à leitura na rede municipal de ensino tem início desde a escolha do nome da biblioteca, que tem a participação de todos os alunos com sugestões e votos. Além disso projetos como o “Lendo e Relendo: As Bibliotecas Escolares”, da Semec e “Bolsa Amarela”, das professoras Ivone Lobato Bentes e Joana Mesquita, buscam aproximar os alunos do mundo da leitura e incentivar a leitura de autores paraenses.
No projeto “Lendo e Relendo: As Bibliotecas Escolares”, o aluno tem contato direto com autores paraenses como Walcyr Monteiro (autor de Visagens e Assombrações de Belém) e Juraci Siqueira, entre outros. Essa aproximação, intensificada por palestras, oficinas, concursos de poesia e apresentação teatral das leituras, valoriza a cultura local.
Para a aluna do 7º ano,Maria Leonor, 11, a leitura é inspiração. “Gosto muito da coleção do Monteiro Lobato, Walcyr Monteiro, Juracy Siqueira. Como faço teatro, os livros me inspiram. Eu fiz uma peça e tive que ler o livro pra entender o personagem”, conta a estudante.
No projeto “Bolsa Amarela” o aluno pode levar até cinco livros em uma bolsa fornecida pela escola e tem prazo de 15 dias para devolução. A bolsa inclui uma ficha, onde o aluno vai contar sobre o que leu, o que mais gostou e se discutiu o assunto com os amigos e familiares.
No projeto “Bolsa Amarela” o aluno pode levar até cinco livros em uma bolsa fornecida pela escola e tem prazo de 15 dias para devolução. A bolsa inclui uma ficha, onde o aluno vai contar sobre o que leu, o que mais gostou e se discutiu o assunto com os amigos e familiares.
Com foco na valorização da educação para a cidadania, em Belém a prefeitura trabalha para garantir a permanência de crianças e adolescentes na escola por meio da Política de Inclusão Social. Para isso os investimentos no Sistema Municipal de Gestão da Educação incentivam o processo de alfabetização e letramento com a valorização dos profissionais de educação, a manutenção das escolas e Unidades de Educação Infantil e nas melhorias das bibliotecas.
Texto: Ana Fadel - NID Comus
Fotos: Tássia Barros- Comus PMB
Edição: Lene Tavares- NID Comus
Nenhum comentário:
Postar um comentário