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sexta-feira, 2 de agosto de 2013


Menos renovado do que rivais, Brasil estreia em 'grupo da morte' no Grand Prix
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Do UOL, em São Paulo
  • FIVB/Divulgação
    Seleção brasileira já conquistou o Grand Prix oito vezes, mas último título foi em 2009
    Seleção brasileira já conquistou o Grand Prix oito vezes, mas último título foi em 2009

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Nesta sexta-feira, começa oficialmente o Grand Prix 2013, competição anual de vôlei feminino, e o Brasil terá pela terceira vez em cinco anos a chance de iniciar sua jornada em casa, em Campinas (SP). Primeiro grande torneio internacional após os Jogos de Londres-2012, o campeonato servirá às seleções para recomeçarem suas bases do novo ciclo olímpico, mas também nisso, a equipe verde-amarela sai na frente.
Logo neste primeiro fim de semana de disputa, o Brasil enfrentará dois de seus maiores adversários recentes, Rússia (sábado, 10h) e Estados Unidos (domingo, 10h), além de um time que costuma dar trabalho aos rivais, a Polônia (sexta-feira, 19h). No entanto, o grupo comandado pelo técnico José Roberto Guimarães é o que apresenta menos rostos novos dentre as seleções da elite mundial.
Das 14 jogadoras selecionadas pelo treinador para a estreia no Grand Prix, sete estiveram na conquista do ouro em Londres-2012 (Dani Lins, Sheilla, Fernanda Garay, Thaísa, Fabiana, Adenizia e Fabi) e outras duas integraram o grupo durante grande parte do último ciclo olímpico (Fabíola e Camila Brait). Desta maneira, a lista de novatas se limita a apenas cinco nomes (as gêmeas Monique e Michelle, Priscila Daroit, Juciely e Gabi). E a 'juventude' do time seria menor ainda se as campeãs olímpicas Tandara, lesionada, e Natália, à espera de um novo julgamento por doping, não tivessem sido cortadas desta primeira fase.
Seguindo o que fez nos torneios do início da temporada em Montreaux (Suíça) e Alassio (Itália), quando aproveitou uma folga para as veteranas e deu rodagem às novatas, Zé Roberto deve utilizar nos primeiros jogos do Grand Prix uma base com as jovens jogadoras. Entretanto, assim como aconteceu nos três amistosos do mês passado contra a Holanda, provavelmente apelará a Thaísa e Sheilla, suas principais atacantes, nos momentos mais preocupantes.
A verdade é que a grande renovação brasileira deve se concentrar na entrada de rede. Se no último ciclo as bases eram Jaqueline e Paula, agora Zé Roberto trabalha para formar duas novas ponteiras de confiança. Fernanda Garay, que roubou a cena em Londres, tem vaga garantida. Então, enquanto Jaque curte uma gravidez e Natália supera os problemas físicos e jurídicos, a ainda adolescente Gabi, apontada como uma das grandes promessas do vôlei brasileiro, disputa posição com Pri Daroit e Michelle, mais velhas, porém ainda pouco experientes na seleção.
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Sheilla, jogadora de vôlei196 fotos

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23.ago.2009 - Jogadoras e comissão técnica da seleção brasileira comemoram o título do Grand Prix FIVB/Divulgação
Enquanto o Brasil experimenta uma renovação amena, seus maiores rivais começam o Grand Prix desfalcados dos seus grandes nomes. Sob comando do novo técnico Karch Kiraly, lenda do vôlei de quadra e de praia como jogador, os Estados Unidos entram em quadra sem seus principais expoentes do último ciclo, com atletas ausentes por aposentadoria, folga e até gravidez. Nomes como Lindsey Berg, Logan Tom, Stacy Sykora e as fortíssimas Foluke Akirandewo e Destinee Hooker não estão no grupo. Vale lembrar, porém, que depois da prata em Pequim-2008, a seleção norte-americana começou uma renovação quase do zero nas mãos do então técnico Hugh McCutcheon e conseguiu três títulos de Grand Prix e mais uma prata olímpica na sequência.
Se Akirandewo e Hooker são ausências momentâneas nos Estados Unidos, na Rússia os principais desfalques não devem voltar mais. Ícones da geração que conquistou o bicampeonato mundial e grandes algozes do Brasil até a derrota nas quartas de final da última Olimpíada, Gamova e Sokolova se aposentaram da seleção e deixaram nas mãos das promissoras Goncharova e Kosheleva a missão de conduzir a equipe em quadra. De quebra, a equipe europeia ainda vive a superação de um drama após o suicídio do técnico Sergey Ovchinnikov logo após a eliminação em Londres. O time agora é comandado por Yuri Marichev.
Competição inchada
Pela primeira vez desde que entrou neste novo formato, o Grand Prix terá 20 seleções, quatro a mais do que nas últimas edições. O sistema de disputa, porém, continua o mesmo, com os países se enfrentando dentro de grupos alternados durante três fins de semana com pontos corridos. Os cinco times mais bem colocados na primeira fase avançam ao lado do Japão, que sediará as finais na cidade de Sapporo entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro.
Além de Polônia, Rússia e Estados Unidos, o Brasil enfrentará República Dominicana, Bulgária e Porto Rico na segunda semana, e Cuba, Holanda e Cazaquistão na terceira. Também participam da fase inicial Alemanha , Argélia, Argentina, China, Cuba, Itália, o próprio Japão, República Tcheca, Sérvia, Tailândia e Turquia.
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A jornada brasileira rumo ao bi olímpico42 fotos

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A jornada começou contra a Turquia. O time vinha em uma fase ruim: apesar do vice-campeonato no Grand Prix, existia desconfiança, principalmente após os cortes da ponteira Mari e da levantadora Fabíola, titulares em boa parte do ciclo olímpico Flavio Florido/UOL

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