O seminário “Benedito Nunes: Filosofia e crítica” foi destaque na seção “Pará, o país homenageado”, na programação da XVII Feira Pan-Amazônica do Livro. A professora Maria de Fátima Nascimento, falou sobre a sua compilação do início da carreira de Benedito no jornal Folha do Norte, ainda na década de 40.
O filósofo paraense escrevia poemas e teve algumas colunas publicadas no jornal, entre elas “Confissões do Solitário”, publicada entre 1947 e 1949. Influenciado pela obra de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, o conflito religioso entre o bem e o mal, a vida e a morte, eram os temas abordados nos seus poemas e textos.
O último poema de Benedito Nunes foi publicado em 1949, quando começa a fazer análises sobre as obras literárias. Em 1950, a obra “A morte de Ivan Ilitch”, de Liev Tolstói, foi a primeira a ser analisada. Após esse período, o jornal Folha do Norte foi fechado.
O escritor Victor Sales Pinheiro, falou sobre a influência de Benedito na literatura nacional. Clarice Lispector, só obteve o reconhecimento de sua obra, após as críticas literárias “O Mundo de Clarice Lispector” (1966) e “O Dorso do Tigre” (1969), ambas feitas por Benedito.
“O que ele ensinou vai muito além de teorias e doutrinas, ele inspirou a pesquisa e a busca por mais conhecimento’’, disse Victor.
As professoras Maria Stella Pessoa e Jucimara Tarricone, destacaram a vida e a importância do filósofo paraense no pensamento social da Amazônia.
A estudante do Curso de Filosofia da UEPA, Tafta Bryanna, 20 anos, destacou a importância de Benedito Nunes para a filosofia. “Ele é um exemplo de filósofo e de educador, principalmente por ser paraense e ter influenciado a filosofia a nível nacional”.
A programação da seção “Pará, o pais homenageado”, segue até domingo (05), sempre às 14h, na Sala Marajó, no segundo piso do Hangar.
Foto: Laíra Mineiro (Estácio FAP)
Por Igor Costa, Repórter Experimental Estácio FAP/Rede Cultura de Comunicação