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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Momento mágico: com dois ouros olímpicos, Torben entrou para a história

Torben Grael, com Marcelo Ferreira, campeões da classe Star ainda na penúltima regata de Atenas 2004. Clive Mason/Getty Images

Denise Mirás, do R7

O velejador Torben Grael, em dupla com o proeiro Marcelo Ferreira, foi o segundo brasileiro a somar duas medalhas de ouro olímpicas, na classe Star, depois de Adhemar Ferreira da Silva. A primeira, de Atlanta 1996, foi conquistada nas regatas disputadas em Savannah; a segunda, em Atenas 2004, fez do brasileiro o maior medalhista da história da vela em número de medalhas olímpicas (cinco).

- As duas foram emocionantes. Em Savannah, foi superlegal porque era a primeira medalha de ouro. E a equipe brasileira estava toda no palco [a cerimônia foi em festa em noite de lua cheia, de muito calor e com direito a orquestra]. Lá, o Brasil foi o melhor país, graças ao bronze do meu irmão Lars.

Na Olimpíada 1996, Lars Grael chegou a seu segundo bronze olímpico na classe Tornado, então com Kiko Pelicano.

- Foi o desempate, porque a Espanha também tinha conseguido dois ouros [o outro ouro do Brasil foi de Robert Scheidt, na classe Laser).

Do alto, só coisa boa

No pódio, lembra Torben, “só se pensa coisa boa”, tudo o que foi conquistado ao longo da estrada, o objetivo alcançado de viver da vela.

- Ir para Jogos Olímpicos já é para poucos. Conquistar medalha é maravilhoso. Ouro é... o topo.

Em Atenas 2004, a campanha foi avassaladora, na definição de Torben, campeão com Marcelo antes da última regata.

- Abrimos uma vantagem grande, o que foi muito bom. E cheguei à quinta medalha. Mas o melhor velejador da história olímpica é Paul Elvestrom [dinamarquês que tem três ouros na classe Finn, de Helsinque 1952, Melbourne 1956 e Roma 1960, e um na Firefly, de Londres 1948].

Torben, além dos dois ouros, teve dois outros perdidos quando liderava, terminando com bronze: em Sydney 2000 (com Marcelo Ferreira, quando queimaram a largada) e Seul 1988 (com Nelson Falcão, quando tiveram o mastro quebrado). Também tem uma prata na classe Soling, de Los Angeles 1984 (com Daniel Adler e Ronaldo Senfft).

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