A alimentação escolar dos 74 mil alunos da rede municipal de Belém está mais variada e nutritiva. Isso está ocorrendo em função da adequação do cardápio nutricional, que prioriza a melhoria de hábitos alimentares saudáveis instituído pela Lei do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE. Esta lei objetiva contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos.
A Prefeitura de Belém, por meio da Fundação de Assistência ao Estudante (FMAE), organiza ações de educação alimentar e nutricional, ofertando refeições que cobrem as necessidades nutricionais dos alunos durante todo o período letivo.
O cardápio da merenda é elaborado para as Unidades de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, Educação de Jovens e Adultos e ainda, o Programa de Educação Integral “Mais Educação”.
O aluno do ensino municipal faz até 5 refeições, dependendo da unidade de educação. O berçário, por exemplo, é uma unidade que realiza o desjejum, os lanches da manhã e da tarde, o almoço e o jantar.
“A compra dos alimentos é baseada no cardápio elaborado pela equipe de nutricionistas que respeitam as preferências e os hábitos alimentares locais, a cultura alimentar, priorizando uma alimentação saudável e adequada para cada faixa etária”, afirmou o presidente da FMAE, Walmir Moraes.
Desde 2010, as escolas municipais recebem, de forma intensiva, os alimentos oriundos da agricultura familiar. Dos recursos financeiros repassados pelo FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, no âmbito do PNAE, no mínimo 30% é utilizado na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar. Estes alimentos estão compreendidos entre hortaliças, frutas, polpa de frutas, entre outros. Até o tradicional açaí já faz parte da alimentação dos alunos da rede municipal.
Este ano, os sucos oferecidos aos alunos deixaram de ser industriais para serem feitos com polpa de frutas. “Antes os sucos tinham um gosto diferente e, às vezes, eu nem sabia qual era o sabor do suco. Agora, feito da com a polpa da fruta ficou mais gostoso”, disse Juliana Silva, aluna do 9º ano da Escola Palmira Lins.
Atualmente, a alimentação escolar oferece, além dos gêneros da agricultura familiar, carnes bovinas, frango, peixe, sardinhas, salsichas, variados tipos de mingau, iogurte, batidas de frutas, biscoito, achocolatados e outras variedades.
A Divisão de Controle e Avaliação da FMAE realizou o acompanhamento de aceitação dos cardápios oferecidos. Mais de 2 mil alunos foram ouvidos após o consumo do alimento e a preferência foi pelo cardápio salgado, composto por proteínas, carboidratos, frutas e legumes.
“As proteínas são a matéria-prima para a multiplicação de células e para o crescimento infantil. Os carboidratos são os principais fornecedores de energia utilizada pelo organismo da criança nos processos de crescimento, desenvolvimento e ainda para suas atividades diárias”, explicou Carmem Brandão, nutricionista da FMAE.
O índice de aceitabilidade pelos alunos que participaram da pesquisa ficou em 81,89%, e o índice de adesão ao programa em 69,91. As refeições com índices de aceitabilidade maior foram a sopa de carne moída, macarrão e legumes (abóbora, couve e cariru - 95,4%); risoto de frango com jambú (95,8%) e ovos mexidos com arroz (96%). Para o presidente da FMAE, Walmir Moraes, “os resultados foram dentro do esperado, pois obedeceram ao que foi preconizado pelo FNDE”.
Texto: Jolse Quinto Ruiz
Fotos: Arquivo Comus
Edição: Vanda Duarte
Fotos: Arquivo Comus
Edição: Vanda Duarte
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