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terça-feira, 8 de julho de 2014

Alemanha usa pesquisa acadêmica na preparação para enfrentar o Brasil.

Banco de dados de estudantes universitários de Colônia ajuda no planejamento da equipe na Copa do Mundo

Reuters
O fato de um time europeu nunca ter vencido nenhuma das seis Copas do Mundo disputadas na América Latina não assombra a Alemanha antes de enfrentar o Brasil na semifinal de terça-feira, segundo o auxiliar técnico Hansi Flick.
A tricampeã mundial está confiante que dois anos de meticulosas pesquisas feitas por universidades, combinadas com as observações e preparativos, vão garantir uma vantagem contra os pentacampeões que jogam em casa.
Jamie Squire/Getty Images
Alemães comemora vitória sobre a França: Brasil é primeiro rival sul-americanos em 2014
"Estamos muito, muito bem-preparados e estamos ansiosos para jogar contra o Brasil", disse Flick a jornalistas ao ser perguntado sobre como a Alemanha planeja encerrar o domínio das equipes latino-americanas na região. "Estamos trabalhando nesse projeto pelos últimos dois anos, e todo nosso sistema foi construído para isso", acrescentou.
A Alemanha ainda está invicta no Mundial, mas não enfrentou nenhum time latino-americano: as quatro vitórias foram contra Portugal, Estados Unidos, Argélia e França, e houve também um empate contra Gana.
Grandes equipes europeias como Espanha, Itália e Inglaterra já foram derrotadas ou eliminadas por times sul-americanos.
Flick disse que, para estar pronta para os times sul-americanos, a Alemanha se beneficiou de uma enorme base de dados organizada por cerca de 50 estudantes da universidade de esporte de Colônia pelo últimos dois anos.
As informações compiladas, somadas aos relatórios dos chamados "olheiros", têm sido usadas para analisar detalhadamente o Brasil e seus jogadores.
"Os estudantes de esportes em Colônia têm estudado aos mínimos detalhes nosso adversário e colocaram cada jogada feita por eles, todo artigo escrito sobre eles, e tudo que já foi divulgado sobre eles sob o microscópio e disponibilizaram todos esses dados a nós", disse Flick na base da Alemanha no Brasil, na Bahia.
"Temos essa base de dados imensa da qual podemos partir, junto com nossos olheiros, somos capazes de observar de perto nosso adversário e traçar nossos planos para a partida. É um projeto no qual temos trabalhado intensivamente pelos últimos dois anos. Fomos capazes de compilar algumas informações de qualidade ótima a partir dos dados dos estudantes. Nos ajudou muito a se preparar", acrescentou.
A Alemanha tem recorrido aos estudantes da universidade de esportes de Colônia cada vez mais nos últimos dez anos.
O ex-técnico da Alemanha Juergen Klismann foi o primeiro a lançar mão dos dados acumulados pelos estudantes, a maior parte deles entusiastas de futebol animados em trabalhar num projeto que pode ajudar, mesmo que de uma maneira mínima, a conquista de um título mundial.
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