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domingo, 28 de julho de 2013

Carboxiterapia trata estria, celulite e gordura localizada

Tratamento com gás carbônico estimula a circulação sanguínea

O que é a carboxiterapia

A carboxiterapia é um tratamento estético realizado através da infusão de gás carbônico em diferentes camadas da pele. O método é usado desde 1777 para tratamentos da pele e, desde as primeiras observações científicas, mostrou eficácia em regeneração dos tecidos e melhora da circulação sanguínea.

Outros nomes

CO2terapia.                                                                                                                                                                  

Como é feita a carboxiterapia

Carboxiterapia na perna
A carboxiterapia é feita com o uso de um aparelho acoplado a um cilindro de gás carbônico medicinal. Este equipamento regula a vazão do gás (que pode atingir, no máximo, 80ml de gás por minuto) para uma seringa com agulha de calibre mínimo. A profundidade da aplicação da agulha varia em cada caso. "Para tratamento de celulite a agulha é inserida entre a pele e a gordura, já no tratamento da estria, o gás carbônico é aplicado dentro da cicatriz", explica o cirurgião plástico André Colaneri, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Para quê serve a carboxiterapia

O gás carbônico atua dilatando os vasos sanguíneos e estimulando a formação de novos vasos sanguíneos, promovendo melhor irrigação de sangue nos tecidos e, consequentemente, melhor oxigenação da região tratada. O gás carbônico atua também no rompimento de fibroses do tecido subcutâneo. Alguns estudos mostram o favorecimento de formação de colágeno e elastina e efeito lipolítico (quebra das células de gordura) decorrente da carboxiterapia.

Para quais casos está indicada a carboxiterapia

O cirurgião plástico André Colaneri recomenda, principalmente, o uso da carboxiterapia para o tratamento da celulite. "O desenvolvimento da celulite passa por três fatores: edema, gordura e fibrose - a carboxiterapia é o único tratamento que atua nesses três níveis", explica. O edema é resolvido pela dilatação dos vasos e otimização da circulação, a fibrose é rompida pela injeção de gás, e a gordura mais facilmente queimada pelo aumento do metabolismo que ocorre no local. "É o tratamento mais completo em comparação com outros, como endermologia e drenagem linfática, por exemplo", conta o cirurgião plástico. 

No caso da estria, o gás carbônico atua distendendo o tecido desta cicatriz - a elevação visível durante o tratamento. O descolamento preenche essa região de gás carbônico e estimula a formação de colágeno no local. André Colaneri conta que os benefícios são muito mais visíveis para estrias novas, avermelhadas. Estrias brancas são mais antigas e fibras elásticas que já estão totalmente rompidas não se regenerarão. Da mesma maneira a carboxiterapia atua no tratamento de cicatrizes e no tratamento de fibroses decorrentes de cirurgias plásticas, como a lipoaspiração, por exemplo. "O ácido carbônico rompe a fibrose e ameniza irregularidades", explica. 

A dermatologista Daniela Landim, pós-graduada em medicina estética, conta que, no caso das olheiras, a carboxiterapia estimula a melhora da circulação e formação de novos vasos sanguíneos que amenizam a aparência escurecida. Para a flacidez da pele, o benefício está na formação de colágeno e elastina. 

Segundo o cirurgião plástico André Colaneri, os resultados da carboxiterapia no tratamento dagordura localizada são mais discretos. Além de melhorar a circulação e a queima de gordura no local, a carboxiterapia, segundo estudos publicados no ano de 2001 no periódico Aesthetic Plastic Surgery, promove a quebra das células de gordura a partir da estimulação de seus receptores beta adrenérgicos.

Profissionais que podem aplicar a carboxiterapia

 Por se tratar de um procedimento invasivo - que perfura a pele através da injeção - a carboxiterapia só pode ser realizada por médicos. A sugestão do cirurgião plástico André Colaneri é que a carboxiterapia seja feita por profissionais especializados em estética, como o dermatologista e o cirurgião plástico.

Contraindicações da carboxiterapia

A carboxiterapia está contraindicada em casos de infecção ativa na região a ser tratada e doença pulmonar que cause retenção de gás carbônico, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Número de sessões de carboxiterapia

Os resultados aparecem progressivamente e são mais visíveis entre cinco e dez sessões de carboxiterapia. Em cada caso é recomendada uma periodicidade. De maneira geral, o tratamento para celulite pode ser feito em dias alternados e a carboxiterapia para estrias e cicatrizes deve ser feita uma vez por semana. Em cerca de 20 minutos o gás carbônico é absorvido pelo corpo, portanto, não há acúmulo deste na pele. É possível tratar mais de uma região por sessão, de acordo com critério médico.

Resultado da carboxiterapia

Os resultados são mais pronunciados para graus iniciais de celulite, em casos avançados o tratamento traz resultados mais discretos. O cirurgião André Colaneri lembra que nenhum tratamento é capaz de eliminar completamente a celulite, apenas é possível amenizá-la. 

Os resultados podem permanecer por tempo indeterminado, dependendo dos hábitos de vida do indivíduo. Pessoas com hábitos saudáveis, que se exercitam regularmente, têm alimentação balanceada e estão dentro do peso normal apresentam menor recorrência do problema. Assim vale para o agravamento da celulite e aparecimento de novas estrias. 

O cirurgião plástico André Colaneri lembra que mulheres tem maior propensão, devido aos hormônios femininos, ao desenvolvimento de celulite, por isso são mais suscetíveis ao seu reaparecimento. O especialista recomenda ainda sessões esporádicas para manutenção da carboxiterapia.

Dor durante a carboxiterapia

A carboxiterapia costuma ser um tratamento doloroso. A dor ocorre devido à injeção, a aplicação do gás e à distensão dos tecidos (no caso das fibroses, por exemplo). A dor costuma ser maior quando o gás é aplicado em temperaturas mais baixas, alguns equipamentos aquecem o gás.

Efeitos adversos da carboxiterapia

"Como a técnica é feita com injeção, podem ocorrer pequenos hematomas com resolução em poucos dias", explica a dermatologista Daniela Landim. Nesse caso a dermatologista recomenda o uso de proteção solar até que o hematoma desapareça, evitando manchas. Casos de embolia gasosa (bloqueio de vaso sanguíneo por gás) só ocorrem caso a técnica seja mal feita e atinja um vaso sanguíneo. A dermatologista Daniela Landim lembra que o gás próprio para o procedimento é atóxico e não embólico.

Cuidados antes e depois da carboxiterapia

Não são necessários cuidados especiais antes ou depois do tratamento.                                                                 

Fontes consultadas

Dermatologista Daniela Landim (CRM: 106025), dermatologista pós-graduada em medicina estética. 

Cirurgião Plástico André Colaneri (CRM: 87886), membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

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