Em um estádio dominado por dinamarqueses e com um time desfigurado, a Seleção Brasileira entrou em campo esperando um duelo duro no Imtech Arena, neste sábado, em Hamburgo. Porém, com um primeiro tempo de extrema eficiência, a equipe atropelou a Dinamarca, construiu o placar de 3 a 1 e deu fôlego ao trabalho de Mano Menezes, cobrado publicamente por resultados pelo novo presidente da CBF, José Mari Marin.
E foram justamente os substitutos das estrelas ausentes, Neymar e Ganso, quem levaram o Brasil à vitória. Aberto na direita, Hulk aliou vontade, força física e frieza para marcar os três gols brasileiros, aos 7, 13 e 39min do primeiro tempo ¿ o segundo ocorrido em uma dividida com Niki Zimling. Já Oscar ditou o ritmo do meio-de-campo e teve participação decisiva no segundo e terceiro gols brasileiros.
A vitória abre de maneira positiva a preparação para os Jogos de Londres. Dos 11 titulares, sete tinham idade olímpica. Na sequência, o Brasil viaja para os Estados Unidos para enfrentar a seleção local em Washington (dia 30 de maio), o México em Dallas (3 de junho) e a Argentina em Nova Jersey (9 de junho) com o mesmo grupo. Os atacantes Neymar e Alexandre e o goleiro Rafael ficam à disposição de Mano. David Luiz e Ganso, com problemas físicos, não voltam.
Esta é a sétima vitória consecutiva da Seleção Brasileira. O retrospecto, no entanto, engana sobre a estabilidade de Mano Menezes no cargo. Este foi o primeiro jogo do treinador desde a substituição na presidência da CBF de Ricardo Teixeira por Marin. O novo mandatário cobrou publicamente Mano por resultados, e a participação na Olimpíada é decisiva, já que antes desta sequência vitoriosa o Brasil vinha de fracassos na Copa América e derrotas para França, Argentina e Alemanha.
A Dinamarca não é considerada uma grande do futebol, mas tem um histórico recente positivo. Participou da Copa do Mundo de 2010, classificou-se em primeiro lugar de seu grupo para a Eurocopa e é décima colocada do ranking da Fifa. Hoje, no entanto, teve uma atuação abaixo do esperado diante de um Brasil letal nas chances que teve. Panorama preocupante para a disputa da Eurocopa
Logo aos 7min, quando as equipes ainda se estudavam, Hulk dominou na intermediária e acertou um chute forte, defensável, que abriu o placar. Cinco minutos mais tarde, Oscar iniciou a jogada, fintou pela direita e cruzou para Hulk, que na dividida com Zimling deu sorte e viu a bola entrar mansamente no gol.
O 2 a 0 no placar traduzia um domínio brasileiro em campo. Hulk e Oscar, além de coordenarem as jogadas ofensivas, marcavam forte e sempre apareciam com perigo. Lucas, aberto pela esquerda, destoava em um lado em que não costuma atuar. Rômulo e Sandro ofereciam boa proteção à zaga e Danilo se destacava pela direita.
Na metade do primeiro tempo, o técnico dinamarquês fez duas substituições. O goleiro Sorensen cede vaga a Andersen e Schone perdeu o posto para Kahlenberg. O jogo mudou de feição, a Dinamarca assustou em um lance em que Kahlenberg não conseguiu o domínio mesmo recebendo sozinho, mas acabou surpreendida. Oscar roubou a bola no meio-de-campo e rolou para Hulk driblar o marcador e marcar o terceiro.
Já no segundo tempo, a Seleção Brasileira diminuiu o ritmo, se acuou e viu a Dinamarca oferecer mais resistência. Mano Menezes colocou Alex Sandro no lugar de Marcelo e Rafael na vaga de Danilo, testando mais jogadores com possibilidade de utilização na Olimpíada de Londres. Aos 25min, os dinamarqueses conseguiram marcar: Zimlig fez grande jogada pela direita, invadiu a área e rolou no meio para Bendtner, em posição irregular, balançar as redes.
Nos minutos finais, Mano Menezes aumentou a rotatividade na equipe em campo, com as entradas de Wellington Nem, Giuliano, Casemiro e Bruno Uvini nas vagas de Leandro Damião, Lucas, Sandro e Hulk, respectivamente. Sem o mesmo desempenho, o time encerrou a partida confortavelmente satisfeito com o resultado construído no primeiro tempo.
Ficha técnica
BRASIL 3 x 1 DINAMARCA
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