PROFESSOR SEM FRONTEIRAS: Mina de Opala de Pedro II

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Mina de Opala de Pedro II - PIAUÍ.

As minas de opala na cidade de Pedro II, a 195 quilômetros de Teresina, foram exploradas clandestinamente por mais de 40 anos, sem qualquer preocupação com o meio ambiente. Há exatos 23 meses, essa realidade começou a mudar com as ações do APL (Arranjo Produtivo Local) da Opala. Na primeira fase do projeto, a preocupação inicial foi conseguir as licenças ambientais das áreas, o que resultou na regularização de todas as minas, antes embargadas pelo Ministério Público.Depois, as ações do APL buscaram dar apoio à Associação dos Joalheiros e Lapidários de Pedro II (AJOLP) e à Cooperativa de Garimpeiros de Pedro II (COOGP). Numa iniciativa pioneira, em 2005, o projeto conseguiu fechar parceria com a empresa Opex Mineradora do Brasil, que explora a Mina do Boi Morto. No acordo, a empresa cede 6 hectares da mina à Associação dos Garimpeiros para serem explorados em sistema de comodato. Os mineradores atuam na regarimpagem dos rejeitos da mina, ou seja, áreas já exploradas e desprezadas por garimpos anteriores. De lá, retiram pequenos cacos de opala e, unindo os fragmentos da pedra, fazem as peças em mosaico, como, por exemplo, o conhecido pingente em forma do mapa do Piauí."Com essa parceria, vários lapidários conquistaram um reforço na renda familiar. Uma jóia, como um pingente ou anel com opala em mosaico, pode sair até por R$ 90. O rendimento dos lapidários passou de R$ 170 para R$ 450 por mês, provando que o comodato deu certo", explica Marcelo Morais, coordenador do APL da Opala.