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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Transtornos Urinários MTC-Prof.Fábio Catalano 2010

Alterações na micção:

Frequência urinária normal: 4 a 6 vezes/ dia.

Polaquiuria ou polaciúria: refere-se ao aumento da frequência urinária , não referindo-se ao volume.

Urgência: necessidade imperiosa de urinar.

Tenesmo vesical: é uma tensão e sensação dolorosa na bexiga ou na região anal, com desejo contínuo, mas quase inútil, de urinar ou de evacuar.

Noctúria: acontece quando a pessoa acorda freqüentemente à noite para esvaziar a bexiga.

Nictúria: o volume urinário é maior à noite em relação o volume diurno.
Enurese: incontinência à noite.

Estrangúria: descarga de urina lenta e dolorosa.

Incontinência: perda de urina sem aviso.

Disúria: refere-se à dificuldade para urinar. As causas podem ser obstrutivas ou inflamatórias com acometimento do trato urinário inferior. Disúria pode estar associada à algúria, que é a sensação dolorosa causada pelo ato de urinar.

Hematúria: presença de sangue na urina. Pode ser detectada através do exame com fita reagente ou do exame microscópico. Algumas vezes, a urina contém uma quantidade de sangue suficiente para tornar a hematúria visível. A urina apresenta uma coloração vermelha ou castanha.

Proteinúria: presença de proteínas na urina. Pode ser rapidamente detectada através do exame com fita reagente. No entanto, algumas vezes, técnicas mais sofisticadas são necessárias. As proteínas podem estar presentes de modo constante ou intermitente na urina, dependendo da causa. A proteinúria é geralmente um sinal de doença renal, mas pode ocorrer após um exercício extenuante (p.ex., uma corrida de maratona).

Glicosúria: presença de glicose (açúcar) na urina. Pode ser detectada através do exame com fita reagente, o qual é muito acurado. A causa mais comum é o diabetes. Se a glicose persistir na urina após a normalização da concentração de glicose no sangue, a causa provável é uma alteração renal.

Cetonúria: presença de cetonas na urina. Podem ser detectados através do exame com fita reagente. As cetonas são formadas quando o organismo metaboliza as gorduras. A inanição, o diabetes não controlado e, ocasionalmente, a intoxicação alcoólica podem acarretar o surgimento de cetonas na urina.

Nitritúria: presença de nitritos na urina. Também pode ser detectada através do exame com fita reagente. Como a concentração de nitritos aumenta quando existem bactérias presentes, esse exame é utilizado para o diagnóstico rápido de uma infecção.

Pneumatúria: presença de ar na urina.

Piúria: presença de pus na urina.

Hemoglobinúria: presença de hemoglobina na urina (microscópico).

Hematospermia: presença de sêmen com sangue

A presença de esterase leucocitária (enzima encontrada em certos leucócitos) na urina pode ser detectada através do exame com fita reagente. A esterase leucocitária é um sinal de inflamação, a qual é mais comumente causada por uma infecção bacteriana. O exame pode dar um resultado falso negativo quando a urina encontra-se muito concentrada ou quando ela contém glicose, sais biliares, medicamentos como, por exemplo, a rifampicina (um antibiótico) ou uma grande quantidade de vitamina C.

A acidez urinária é mensurada através do exame com fita reagente. Certos alimentos podem aumentar a acidez urinária ( pH da urina: 5 a 9).

A concentração da urina (osmolaridade, densidade específica) pode ser importante no diagnóstico de uma disfunção renal. O médico pode analisar uma amostra aleatória de urina ou pode realizar testes para avaliar a capacidade de concentração da urina pelos rins. Em um desses testes, o indivíduo não ingere água ou qualquer outro líquido durante 12 a 14 horas. Em um outro teste, é administrada uma injeção de vasopressina (um hormônio). Após um determinado tempo, é mensurada a concentração da urina. Normalmente, ambos os testes devem produzir uma urina altamente concentrada. Entretanto, em determinados distúrbios renais, a urina permanece anormalmente diluída (concentração de solutos urinários normal: 50 a 1200 mOsm/ Kg.).

Normalmente, a urina contém uma pequena quantidade de células e de outros resíduos provenientes do interior do trato urinário. O indivíduo com uma doença do trato urinário elimina mais células, as quais formam um sedimento quando a urina é centrifugada ou decantada. O exame microscópico do sedimento pode fornecer informações sobre a doença.

Cilindros Urinários: massas cilíndricas de muco proteínas nas quais estão aprisionados elementos celulares, proteínas ou gotículas de gorduras. Importante para distinguir doença renal primária do trato baixo.

Alteração no Débito Urinário.

Poliúria: é um sintoma que corresponde ao aumento do volume urinário (Vol. Urinário > 2.500 ml/ dia).

Oligúria: é a diminuição da produção de urina (Vol. Urinário < 500ml/ dia).

Anúria persistente: é a ausência da produção da urina (Vol. Urinário < 100ml/ dia).

Alterações hidrícas:

Anasarca: edema generalizado.

Derrames: formado a partir de transudatos líquidos ou exsudatos inflamatórios.

Uremia:

Uremia: significa elevação de uréia no sangue. A uréia sempre está elevada na insuficiência renal (TFG < 10% do normal), mas não é um marcador confiável de função renal, pois sua elevação depende muito da alimentação e do estado de hidratação do paciente.
Causas: A uremia surge quando há comprometimento da capacidade do sistema renal de depurar o sangue dos produtos nitrogenados (uréia e creatinina) resultantes do metabolismo protéico, que uma vez elevados no sangue resultam numa condição tóxica com sintomas e sinais de estado de náuseas, mal-estar, vômitos, fraqueza e fadiga, dispnéia, anorexia, caquexia, cefaléia, prurido, falha no crescimento, tetania, neuropatia periférica, pericardite, convulsões, distúrbio de coagulação, torpor e até coma.
Com uma falha renal, o nível de uréia no sangue pode também incrementar-se por:
• incremento da produção de uréia no fígado, devido a:
o dieta alta protéica
o degradação incrementada de proteína breakdown (cirurgias, infecções, traumas, cânceres)
o hemorragias gastrointestinais
o drogas (e.g. tetraciclinas, corticosteroides)
• diminuição da eliminação de uréia, devido a:
o descenso do fluxo sanguíneo pelo rim (e.g. hipotensão, falha cardíaca)
o Obstrução do fluxo de urina
• Desidratação

Inervação Sistema Urinário:

Bexiga:

Parassimpático inervação pré- ganglionar e colinérgica – raízes sacrais (S2,S3 e S4) – nervos esplâncnicos pélvicos – excitam o m. detrusor (Ach e ATP) e inibem o esfíncter interno da Bexiga.

Simpático inervação pré- ganglionar – termina nos gânglios pré- vertebrais (T11 – L2/ L3 e L4) – As fibras pós ganglionares liberam NOR – contração do trígono e colo vesical e efeito inibitório no m. detrusor e gânglios parassimpáticos

Efeito inibitórios (receptores beta- adrenérgicos) e excitatórios (receptores alfa- adrenérgicos).

Musculatura do assoalho pélvico e esfíncter externo – inervação somática (nervo pudendo) – motoneurônios de S2,S3 e S4.

No tronco encefálico, ocorre o controle central da micção, por meio do reflexo bulbo- espinal coordenado por um centro Pontino (antigo núcleo de Barrington) que é modulado por conexões para centros diencefalícos, cerebelares e corticais (ato consciente).

A inervação dos Rins é feito pelo plexo Celíaco (plexo hipogástrico superficial e nervos intermesentéricos, esplânicos superficiais e torácicos). Inervação simpática atua principalmente nas artérias renais aferentes e eferentes e no complexo justaglomerolar.

Uretra é pela inervação do plexo prostático.

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