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O projeto Talentos Paralímpicos, em sua primeira participação em eventos esportivos alcançou um total de 11 medalhas, sendo 11 de ouro, uma de prata e uma de bronze.
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Para a mãe de Adriana, a dona de casa Keliane Barros de Almeida, o fato da filha realizar atividades esportivas só faz com que o desenvolvimento físico, psicológico e motor da jovem melhorem. “Antes a Adriana chorava quando ia pra escola, não gostava de fazer o dever de casa e nenhuma atividade física. Hoje a gente já percebe uma melhora considerável. Ela está muito mais comunicativa, já não cai tanto e consegue desenvolver as atividades como as outras crianças”, ressaltou.
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Além do atletismo, a competição abre espaço para outras modalidades esportivas como goalball, judô, futebol de 7 (praticado por atletas do sexo masculino, com paralisia cerebral), bocha, natação e futsal DI (Deficiência Intelectual).
Josiane de Araújo, 17, é portadora de nanismo. A jovem estuda na Escola Estadual Rodrigues Apinajé, mas também é atendida pelo projeto. Ela destaca a alegria e o prazer que a prática de exercícios lhe propocionam. “Eu sempre tive vontade de participar de uma competição, de saber como é, e agora estou podendo realizar um sonho por meio do projeto Talentos Paralímpicos”, afirmou.
O coordenador do projeto, Paulo Douglas de Andrade, define como principal barreira para a inclusão dos jovens nas atividades do Talentos Paralímpicos o instinto dos pais em superproteger os filhos por medo de que se machuquem ou não consigam obter o mesmo desempenho dos alunos que não apresentam restrições de movimento ou cognição.
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O Projeto Talentos Paralímpicos teve início este ano e seu principal objetivo é favorecer a inclusão educacional através do esporte. A equipe que atua no projeto avalia os alunos, dividindo as escolas por distritos, para avaliar aqueles que possuem maior potencial. O primeiro a ser visitado foi o distrito de Icoaraci. Além do atendimento esportivo, oferecido duas vezes na semana no Campus III da Uepa, os alunos também participam de atividades físicas e recreativas dentro das escolas.
Texto: Aline Saavedra
Foto: João Gomes / COMUS
Secretaria Municipal de Educação (SEMEC)
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